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Agência de risco prevê queda menor no PIB do Brasil

Paulo César de Oliveira
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A estabilização dos preços das commodities (bens primários com cotação internacional) melhorará a economia dos países emergentes, com diminuição da recessão em países como o Brasil e a Rússia. A conclusão é da agência de classificação de risco Fitch, que divulgou ontem relatório Cenário Econômico Global, com perspectivas para a economia mundial nos próximos meses. Para o Brasil, a Fitch prevê que a economia terá contração de 3,3% neste ano, contra 3,8% previstos no relatório de março. A agência estima que o país se recuperará em 2017, com crescimento de 0,7% e prevê expansão maior para 2018: 2%. De acordo com a Fitch, que retirou o grau de investimento (selo de bom pagador) do país em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) brasileiro no primeiro trimestre deve sair com resultados melhores que o esperado. Para a agência, tanto no Brasil como na Rússia, a economia começará a se estabilizar antes do fim do ano. “A estabilização dos preços globais de commodities está aliviando a pressão sobre os países produtores”, diz o documento. No caso brasileiro, a economia começou a ser ajudada pela recuperação das exportações, que compensou parcialmente a fraca demanda doméstica.

 

O mundo com crescimento baixo

A agência manteve em 2,5% a previsão de crescimento para as 20 principais economias do planeta em 2016. Para o próximo ano, a estimativa também ficou em 3%. Apesar da melhora na situação dos países emergentes, a Fitch destacou aumento dos riscos para a economia global após o referendo que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia, com os principais bancos centrais dos países desenvolvidos continuando a injetar dinheiro nos mercados internacionais. Para a zona do euro, países que adotam o euro como moeda, a agência revisou de 1,5% para 1,6% a estimativa de crescimento este ano. Para o Reino Unido, no entanto, a projeção foi reduzida de 2,1% para 1,9%. Em relação à China, a expectativa de crescimento em 2016 passou de 6,2% para 6,3%. Segundo a Fitch, a divulgação de dados de produção e de exportação melhores que o esperado justificou a revisão.

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