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Alguns poucos países vão escapar da crise

Paulo César de Oliveira
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Em relatório recente o Banco Mundial alertou que a pandemia de covid-19 vai provocar a mais ampla turbulência econômica global desde pelo menos 1870 e ameaça desencadear um aumento dramático nos níveis de pobreza em todo o mundo. Mas, para 30 países, este ano será de crescimento – ainda que menor do que o esperado, salvo raras exceções. Uma dessas exceções é a Guiana, país vizinho ao Brasil, que deverá apresentar crescimento superior a 50% neste ano, o maior do mundo, devido à descoberta do petróleo – embora o preço da commodity tenha caído a um dos menores níveis da história. Ela também será a única a crescer na América Latina e no Caribe. Das regiões do globo, apenas o Leste da Ásia e Pacífico vão apresentar crescimento (0,5%), principalmente devido à China. O gigante asiático, entretanto, deve crescer apenas 1%, uma taxa ínfima se comparada aos anos anteriores. Para o Brasil, a previsão é de queda de 8%, taxa inferior apenas à do Peru (12%) na América do Sul. Apesar disso, o Banco Mundial prevê que o PIB global encolha 5,2% neste ano, mais do que o dobro do registrado na crise financeira de 2008.

 

Os fatores positivos

Menor integração com comércio global, maior dependência da agricultura, setor de serviços menor, menor dependência do turismo e o menor impacto da pandemia são as razões apontadas pelos técnicos do Banco Mundial para explicar por que trinta países emergentes e em desenvolvimento, devem crescer em 2020, apesar da convulsão na economia global. Na lista dos que se salvam estão incluídos: Leste da Ásia e Pacífico: China (1%), Laos (1%), Mianmar (1,5%) e Vietnã (2,8%) ; Europa (com exceção da UE) e Ásia Central ; Uzbequistão (1,5%); América Latina e Caribe: Guiana (51,1%); Oriente Médio e Norte da África : Djibuti (1,3%), Egito (3%); Sul da Ásia : Bangladesh (1,6%), Butão (1,5%), Nepal (1,8%); África Subsaariana :Benin (3,2%), Burkina Faso (2%), Burundi (1%), República Centro-Africana (0,8%), Costa do Marfim (2,7%), Etiópia (3,2%), Gâmbia (2,5%), Gana (1,5%), Guiné (2,1%), Quênia (1,5%), Malauí (2%), Mali (0,9%), Moçambique (1,3%), Níger (1%), Ruanda (2%), Senegal (1,3%), Tanzânia (2,5%), Togo (1%), Uganda (3,3%).

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