O cenário atual é de alívio na economia, com o dólar em queda, juros recuando e expectativas de inflação menores. Isso favorece empresas ligadas ao ciclo doméstico, enquanto as exportadoras de commodities perdem espaço. No exterior, o Federal Reserve(FED), comandado por Jerome Powell (foto/reprodução internet), cortou juros para 4,0%-4,25%, sustentado por inflação menor ao produtor e mercado de trabalho enfraquecido. A manutenção de juros em outros países torna o dólar menos atrativo, abrindo espaço para moedas emergentes, como o real. No Brasil, a Selic deve ficar estável até o fim do ano, porque a inflação está sob controle, mas os serviços ainda pressionam e a atividade dá sinais de desaceleração. O fator político gera ruído após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e a incerteza em torno da reação do presidente Donald Trump, mas o mercado aposta que eventuais medidas terão foco restrito em indivíduos ou instituições, limitando contaminações mais amplas. Trump, no momento, parece encantado com a atenção da realiza britânica, dispensada a ele, e menos preocupado com tarifaços e outras punições.