As tragédias ambientais no Aterro Sanitário de Ouro Verde, em Goiás, expõem mais uma vez um padrão alarmante que se repete nos maiores desastres ambientais do Brasil: o colapso das estruturas de controle e fiscalização ambiental. Para a AMIG Brasil (Associação Brasileira dos Municípios Mineradores), o desastre não é um caso isolado, mas parte de uma série de falhas sistemáticas no processo de licenciamento ambiental e na fiscalização pública. A AMIG Brasil traça um paralelo direto entre Ouro Verde, os colapsos em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), ambos em Minas Gerais, e tantas outras tragédias ambientais ocorridas em cidades mineradoras.
A entidade presidida pelo prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, alerta para o risco de novos desastres com a possível aprovação do Projeto de Lei 2.159/2021, apelidado por ambientalistas de “PL da Devastação”. Para a entidade, “esse projeto representa um grave retrocesso. Ele abre caminho para que empreendimentos de alto impacto ambiental sejam autorizados sem qualquer controle técnico efetivo, colocando em risco comunidades inteiras, especialmente as mais vulneráveis”.