Depois de 15 meses seguidos em queda, a atividade econômica ficou praticamente estável em abril. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou crescimento de 0,03% em abril, comparado a março, de acordo com dados divulgados ontem. Na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês de 2015, houve queda de 4,99%, de acordo com os dados sem ajustes, pois são períodos iguais na comparação. A atividade econômica registrou retração de 5,41% em 12 meses, encerrados em abril, e de 5,97% no ano. O índice dessazonalizado em 12 meses, apresentou queda de 5,35%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia (indústria, comércio e serviços e agropecuária), além do volume de impostos. O indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O sinal é fraco, mas é bom
Para o economista Carlos Alberto Teixeira de Oliveira (foto), presidente da Associação dos Economistas de Minas Gerais e editor geral do “Mercado Comum”, o resultado apresentado pelo Banco Central pode ser uma sinalização de que começamos a sair da crise ou um alarme falso de mudança no ritmo da queda. Ele admite, no entanto, que está ocorrendo uma mudança boa na economia, lembrando que se chegou a falar em queda de até 4% do PIB e hoje a sinalização é de queda entre 3,7 e 3,5%. Não é o melhor, mas, como dito pelo jornalista Carlos Alberto Sardemberg, em artigo em O Globo, com a redução do ritmo da queda da economia, o Brasil vai de “pior a mal”.
O otimismo do empresário
A existência de sinais positivos de retomada da economia foi confirmada pelo presidente da Suggar, Lúcio Costa. Segundo ele, tradicionalmente o segundo semestre é o melhor para o setor de eletrodoméstico e, por isso mesmo, as empresas já recomeçaram com as contratações e há otimismo quanto a melhoria da produção e vendas cm o aumento da confiança dos empresários e dos consumidores. Costa garante que em relação a Suggar, apesar de toda a crise, não houve queda na produção, puxada, principalmente pelo “tanquinho” “que é um sucesso de venda, substituindo, até com algumas vantagens, a máquina de lavar nos lares do consumidor de menor renda”.