As companhias aéreas conseguiram a proeza de transformar o ar em pedágio. Primeiro foi o lanche, depois o assento marcado, agora querem cobrar até pelo espaço sobre nossas cabeças. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, conseguiu a aprovação da gratuidade da bagagem de mão, fixando o óbvio: dez quilos, 55x35x25 cm. A Anac, presidida por Antônio Mathias Nogueira Moreira (foto/reprodução internet), sempre pródiga em ambiguidades, deixou uma brecha para as tarifas camufladas e logo explorada com voracidade pelas empresas. No país onde o consumidor é tratado como passageiro clandestino, o projeto é um respiro de justiça. Mas convém vigiar: entre Brasília e o balcão de embarque, a boa intenção costuma perder a conexão.













