A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,246 bilhões em setembro, informou ontem o Ministério da Economia. Foi o pior resultado para o mês desde 2014, quando houve déficit de 946,4 milhões de dólares. Afetado pelo recuo nas exportações, o dado também veio abaixo da expectativa de um saldo positivo de 3,2 bilhões de dólares, conforme pesquisa Reuters com analistas. Em setembro, as vendas de produtos brasileiros ao exterior caíram 11,6% ante igual mês de 2018, pela média diária, chegando a 18,740 bilhões de dólares. Houve queda de 32,1% nas exportações de produtos semimanufaturados e de 14,5% na de básicos, com destaque, neste último grupo, para a redução de 37,7% — ou 1,79 bilhão de dólares — nas vendas de petróleo em bruto. Já as vendas produtos manufaturados subiram 4,4% em relação a igual mês de 2018.Em relação às importações, houve aumento de 5,7% em setembro sobre um ano antes, a 16,494 bilhões de dólares. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a balança comercial ficou positiva em 33,79 bilhões de dólares, recuo de 19,5% sobre igual etapa do ano passado considerando a média diária. Para o ano, o Ministério da Economia prevê agora um superávit de 41,8 bilhões de dólares, sobre 56,7 bilhões de dólares antes. “O Brasil está neste cenário de retração no comércio mundial por conta de menor atividade econômica mundial”, afirmou o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão (foto), complementando que a guerra comercial entre Estados Unidos e China é apontada como um dos principais motivos para esse movimento.