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Boas notícias no campo: café terá supersafra

Paulo César de Oliveira
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O Brasil deve produzir uma safra recorde de café em 2018, que pode superar 58 milhões de sacas, em meio a condições climáticas favoráveis e à bienalidade positiva da cultura do arábica, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em seu primeiro levantamento para a temporada deste ano, o órgão do governo estimou a produção cafeeira do país, maior produtor e exportador mundial, entre 54,44 milhões e 58,51 milhões de sacas de 60 quilos, alta de 21 a 30% sobre 2017 e superior também ao recorde anterior, de 51,37 milhões de sacas, registrado em 2016.O volume ficou acima ainda das 53,9 milhões de sacas esperadas, em média, por agentes do mercado.

 

Um susto na florada

No início da florada, uma seca chegou a levantar preocupações no setor quanto ao tamanho da safra de 2018, mas depois o tempo melhorou. “Até dezembro, as condições climáticas foram boas, geraram floradas excelentes… Fizeram com que as plantas tivessem uma característica muito boa… Agora, de janeiro até março, temos que acompanhar o clima, pois é um importante momento de formação de grãos”, destacou o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo Antônio de Oliveira Neto. Na mesma linha, o diretor de Café, Açúcar, Energia e Agroenergia da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese (foto), afirmou que “após três anos de dificuldades para o café, este ano está muito mais favorável”. “O Brasil recuperará a produção e isso impulsionará as exportações, ajudando a economia do país”, disse. O comentário ocorre na mesma semana em que o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) reportou que os embarques da commodity em 2017 foram os menores desde 2012. Segundo a Conab, do total esperado para 2018, a produção de arábica deve ficar entre 41,74 milhões e 44,55 milhões de sacas, alta de 21,9 a 30,1% sobre 2017. Já a de conilon deve variar de 12,7 milhões a 13,96 milhões de sacas, avanço de 18,4 a 30,2% na comparação anual, respectivamente. Maior produtor nacional, Minas Gerais deve produzir um total de 29,09 milhões a 30,63 milhões de sacas de café, ao passo que o Espírito Santo, que vem em seguida no volume de produção e figura como líder em conilon, tende a colher de 11,58 milhões a 13,33 milhões de sacas. Em relação à área, a Conab disse que esta deve somar 2,20 milhões de hectares (produção e formação), praticamente estável na comparação com 2017.

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