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Brasileiro diretor do Banco Mundial garante que as reformas não prejudicarão os mais pobres

Paulo César de Oliveira
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O sergipano Otaviano Canuto (foto) é um dos mais prestigiados economistas brasileiros. Há mais de uma década, vive fora do país, revezando-se em posições de destaque em organismos como o Banco Mundial, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Bird (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Canuto, porém, acompanha de perto os meandros da economia nacional. Desde julho do ano passado, ele é diretor-executivo do Banco Mundial para o Brasil e outros oito países (Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trindade e Tobago). Em entrevista à BBC Brasil, ele defendeu as reformas do governo de Michel Temer, disse que os pobres não sairão prejudicados e criticou os governos petistas por não tê-las feito “no tempo das vacas gordas”. “As reformas deveriam ter sido feitas no tempo das vacas gordas e não no momento de vacas magras. Mas não há alternativa. É o que temos”, afirmou ele em Oxford, na Inglaterra, onde participou do Brazil Forum UK 2017, fórum organizado por estudantes e acadêmicos brasileiros no Reino Unido. “O remédio não vai ser mais amargo para eles (pobres). Eles já sentem o gosto amargo hoje. O da realidade. A melhor coisa que a gente pode fazer é oferecer uma perspectiva de retomada da economia”, complementou. Para Canuto, a gestão PT “curtiu a festa da bonança econômica e só voltou a falar e pensar em reformas estruturais quando o Brasil estava no meio da crise. Não anteviu que o período de prosperidade fácil chegaria ao fim”, acrescentou.

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