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Caem os depósitos do FGTS. É a outra face do desemprego

Paulo César de Oliveira
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O aumento do desemprego fez a arrecadação líquida do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cair 24,52% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014. A diferença entre os depósitos feitos nas contas dos trabalhadores brasileiros nesse período e os saques foi de R$ 8,3 bilhões, R$ 2,7 bilhões menos do que no primeiro semestre do ano passado. Trata-se do menor valor desde 2011. A queda coloca em risco as metas de investimento do Fundo, que prevê aplicar o valor recorde de R$ 76,8 bilhões por ano até 2018. Desse total, R$ 56,5 bilhões serão direcionados para habitação, R$ 12,8 bilhões para infraestrutura urbana e R$ 7,5 bilhões para saneamento. De acordo com fontes do conselho curador do FGTS, a captação líquida do FGTS (depósitos menos saques) deve fechar 2015 por volta de R$ 12 bilhões. No ano passado, os depósitos superaram os saques em R$ 18 bilhões. No acumulado dos seis primeiros meses, foram mais de 22 milhões de saques efetuados, o equivalente a R$ 57 bilhões, 17,21% mais do que no mesmo período de 2014. A arrecadação bruta subiu em ritmo menor, de 9,53%. A metade dos saques foi feita por pessoas que foram demitidas sem justa causa, de acordo com dados da prestação de contas do fundo. As informações são do Estadão Conteúdo e jornal Hoje em Dia.

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