A construção civil em Minas Gerais tem sentido nos últimos três anos os reflexos da crise política e econômica com mais intensidade do que o restante do país. O setor vinha de uma fase de muitas obras, com a construção da Linha Verde e com as obras para a Copa do Mundo. Enquanto o PIB de Minas Gerais, no primeiro semestre, apresentou uma queda de 5,6%, o da construção civil teve um recuo de 10,4%. Para este ano, o setor trabalha com uma queda de 5%, segundo o presidente da Câmara da Indústria da Construção, Teodomiro Diniz Camargos (foto). A expectativa é a de o setor acompanhe as projeções de retomada da economia a partir do ano que vem e venha a acrescer a partir de 2018. Mas isto, segundo Teodomiro Diniz, se o presidente Temer fizer as reformas necessárias.
Troca de ideias e experiências são prioridade no Minascon
A 13ª edição do Minascon, encontro unificado da cadeia produtiva da indústria da construção, começa amanhã no Expominas, com a promessa de muita discussão e troca de experiências entre os empresários do setor. Para Teodomiro Diniz, este tem sido um ano difícil e por isso um ano estimulante. O evento terá uma agenda intensa, aberta pela secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Maria Henriqueta Arantes. Ela vai falar dos financiamentos para a habitação e a retomada de investimentos no setor, como o Minha Casa, Minha Vida. Teodomiro, no entanto, acredita que as PPPs é podem estimular o crescimento do setor, mas esbarram na falta de conhecimento das prefeituras para entrar no processo, inclusive em termos jurídicos. Será necessário, nesse caso, um marco legal bem estabelecido.