O nível de atividade e o emprego continuam em queda na indústria da construção. O indicador de nível de atividade caiu para 46,9 pontos e o de número de empregados recuou para 44,6 pontos em abril. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 apontam recuo da atividade e do emprego. A pesquisa mostra ainda que o nível de utilização da capacidade de operação ficou em 60% no último mês. Isso significa que o setor operou com 40% das máquinas, dos equipamentos e dos trabalhadores parados. No entanto, os empresários estão otimistas com o desempenho do setor nos próximos meses. Todos os índices de expectativas estão acima dos 50 pontos, indicando que os industriais apostam no aumento da atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses.
Queda na disposição de investir
De acordo com o levantamento da CNI, o índice de confiança do empresário da construção (ICEI-Construção) diminuiu um pouco e ficou em 53,8 pontos em maio, acima da média histórica de 52,9 pontos e da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. “Isso é resultado do otimismo dos empresários em relação ao desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses”, diz a confederação em nota. O indicador de expectativas para os próximos seis meses ficou em 57,3 pontos em maio. Mas a percepção sobre a situação presente dos negócios piorou. O indicador de condições atuais caiu para 46,7 pontos. A pesquisa mostra ainda que a disposição dos empresários para investir também diminuiu. O índice de intenção de investimentos recuou 1,9 ponto em relação a abril e ficou em 33,3 pontos em maio. A edição da pesquisa Sondagem Indústria da Construção ouviu 541 empresas do setor entre os dias 1º e 14 de maio.