As emissões de títulos de dívida corporativa bateram recorde neste ano e estão num patamar que “veio para ficar”, acredita Bruno Boetger (foto/reprodução internet), vice-presidente executivo do banco de atacado do Bradesco. Ele reconhece que as taxas de alguns papéis estão baixas demais e não remuneram adequadamente o risco do investidor, mas vê os problemas como pontuais. Para o executivo, o mercado de crédito privado vai continuar aquecido em 2025, já que a Selic em dois dígitos cria liquidez para esse segmento. Já a volta das ofertas de ações depende de o governo indicar um caminho para resolver o problema fiscal, o que abriria espaço para a queda dos juros. Enquanto o mercado continua fechado, vendas de participações e M&As são uma alternativa de captação de recursos, especialmente para empresas que têm grandes investimentos no radar, como as de infraestrutura.