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Cresce a arrecadação federal

Paulo César de Oliveira
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A arrecadação do governo federal fechou 2018 em R$ 1,457 trilhão, aumento real de 4,74% sobre 2017, no melhor resultado para o ano desde 2014, embalado pela melhoria da atividade econômica, que impactou positivamente os tributos relacionados a consumo, produção industrial e importações. O desempenho também foi ajudado pela forte alta na arrecadação com royalties de petróleo no ano, conforme dados divulgados pela Receita Federal nessa quinta-feira. A linha de receitas administradas por outros órgãos — que é sensibilizada sobretudo pelos royalties — teve um crescimento real de 51,79% no ano passado, a R$ 58,214 bilhões Enquanto isso, a alta nas receitas administradas pela Receita Federal, que englobam os impostos, foi de 3,41% na mesma base de comparação, a R$ 1,399 trilhão. Já em dezembro a arrecadação caiu 1,03% sobre um ano antes, a R$ 141,529 bilhões, no pior desempenho mensal registrado em 2018. No ano, a arrecadação só ficou negativa no último mês e em novembro, quando recuou 0,27% por cento sobre igual mês de 2017. Na análise anual, os destaques positivos foram o salto de 12,37% na arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre Lucro Líquido (+24,688 bilhões de reais) e de 6,78% Cofins/PIS-Pasep (+19,772 bilhões de reais).O governo já vinha apontando que a alta na arrecadação o ajudaria a cumprir a meta de déficit primário de 2018, de R$ 159 bilhões e que o recolhimento de tributos vinha demonstrando um vigor maior que o da atividade econômica. Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido 1,28% em 2018, e que vá acelerar a alta a 2,53 por cento neste ano.

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