Com o Tesouro apresentando enorme dificuldade de equacionar suas obrigações financeiras em 2021, já se apresenta como inevitável o rápido aumento do estoque da dívida pública federal. Se combinarmos com o encurtamento dos prazos, é preocupante a trajetória dos vencimentos dos títulos no correr do ano. Até abril, o Governo terá que rolar em torno de R$679 bilhões contra R$354,5 bilhões em igual período de 2020. Isso por si só é uma alerta mais do que suficiente para que nossos legisladores avancem, com responsabilidade, nas reformas fiscal e tributária estruturantes, para que não caiamos no efeito Orloff. Depois de anos de “descolamento”, o maior temor que cerca a nossa economia é o de que a Argentina tenha voltado a ser o “Brasil amanhã”.