O mercado e analistas começam a semana de olho na decisão desta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, sobre a taxa básica de juros e na divulgação, pelo IBGE, do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre, marcada para acontecer na quinta-feira, 1º de junho. A expectativa é que o Copom promoverá um corte de 1 ponto porcentual na taxa básica, hoje de 11,25% ao ano. Como a previsão é anterior à delação dos irmãos Batista, da JBS, há dúvida de como o conselho irá reagir, sobretudo depois da decisão da agência de classificação de risco Moody’s, que, na sexta-feira (26), alterou a perspectiva da nota de crédito do Brasil, de estável para negativa “. Com relação à divulgação na quinta-feira do PIB, os analistas esperam uma ligeira expansão da atividade econômica no período. Há dúvidas no mercado sobre se PIB indicará uma trajetória de recuperação firme.
Números alterados
Ontem o Banco Central divulgou os números da pesquisa semanal do boletim Focus. A previsão do mercado financeiro para a inflação foi levemente ajustada para cima. Após 11 reduções seguidas, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,92% para 3,95%. A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta, que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa subiu de 4,34% para 4,40%. Já a projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia -Produto Interno Bruto – PIB – passou de 0,50% para 0,49%, este ano e de 2,50% para 2,48%, em 2018.Essas foram as primeiras alterações nas projeções para inflação e para o PIB, após a crise decorrente da divulgação de parte do conteúdo da delação dos donos do grupo JBS, citando o presidente Michel Temer. A projeção para a cotação do dólar ao final de 2017 subiu de R$ 3,23 para R$ 3,25. Para o fim de 2018, passou de R$ 3,36 para R$ 3,37.