O IPCA-15 registrou deflação de 0,14% em agosto, a primeira queda desde 2023. O alívio veio da energia elétrica e da forte redução de preços em frutas e hortaliças. Mas o quadro é menos animador do que parece. Serviços subiram novamente, impulsionados pelo mercado de trabalho aquecido, e despesas como saúde, higiene e planos de saúde pesaram no bolso. Até os jogos de azar entraram na conta, com alta expressiva. Analistas esperavam recuo maior, de 0,20%. O resultado, embora positivo, mostra mais um respiro pontual do que mudança de tendência. Para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (foto/reprodução internet), a mensagem é clara: cortar juros continuará sendo tarefa difícil.