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Desenvolvimento econômico

Paulo César de Oliveira
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Participante do terceiro bloco do Fórum de Minas, o senador Antonio Anastasia (foto), ressaltou o seu estilo conciliador, de convergência e para o diálogo, mas, na sua visão, o ambiente no país, atualmente, é o oposto disso. Para ele, esse clima não é bom e muito menos é positivo para o desenvolvimento econômico. Anastasia alerta para a necessidade de se ter uma maior cooperação e que as forças vindas da República possam ser mais positivas. Devido a essa situação, o Brasil padece de eficiência e falta de competitividade internacional, fatores que inibem, inclusive, a atração de investimentos. O Brasil está em desvantagem em vários pontos, inclusive na educação, que é inferior aos países desenvolvidos e ele lembrou que a educação pública foi suspensa por quase dois anos, um problema para o país que está refém da exportação de commodities para manter a economia. Anastasia também ressalta que para atrair novas empresas, é preciso de um ambiente político e segurança jurídica, dois pontos fracos. Ao ouvir do presidente da Associação Comercial de Montes Claros, Leonardo Lima, reclamações das regras que inibem o avanço das empresas fotovoltaicas na região Norte, principalmente devido à falta de interesse da Cemig, Anastasia considerou preocupante. Ele lembrou que a região tem todas as condições para desenvolver esse tipo de energia e no seu governo, a Cemig chegou a preparar um mapa de energia eólica e solar. Havia uma preocupação e uma obsessão de parlamentares da região pelo desenvolvimento da energia fotovoltaica. Para Anastasia se ele levou uma solicitação ao governador, ao vice, sobre as dificuldades que a Cemig está criando para o desenvolvimento do setor, é bom lembrar que a ordem de controle da Cemig é do Estado, a supervisão é governamental e se a Cemig cria dificuldades, é preciso de uma reflexão e alerta para o fato de que se a empresa for privatizada aí sim é que esse interesse não existirá mesmo.

Crescimento

O empresário Alencar Dias, do Sindicato da Panificação e que participou do evento representando a Fiemg em Montes Claros, ressaltou que o Norte de Minas tem crescido e desenvolvido. O trabalho cordial que vem sendo realizado junto aos empresários e investidores tem feito a diferença. Um exemplo disso foi o esforço feito junto as empresas da região, que permitiu a doação de 100 respiradores, além de álcool em gel e cestas básicas. A cidade tem um polo farmacêutico importante, segundo Alencar Dias e as perspectivas para a região são boas. Esse trabalho também foi ressaltado pelo presidente da Associação Comercial de Montes Claros, Leonardo Lima. Para ele, o prefeito Humberto Souto, “do alto da sua sabedoria”, soube conduzir Montes Claros para fora da curva, o que manteve a cidade no ritmo do desenvolvimento. Ele também lembrou da Fenics 2021, que, a exemplo da do ano passado, será realizada no ambiente online. Mas um setor que o preocupa é o de energia fotovoltaica, que poderia estar bem mais desenvolvido. Ele pediu apoio ao senador Antonio Anastasia para a aprovação do marco regulatório para o setor, que hoje está nas mãos das concessionárias, no caso à Cemig, por uma decisão da Aneel. Isso, segundo Leonardo Lima, traz muita insegurança jurídica. As normas são frágeis e não estão prontas para atender as demandas do investidor, que é muito dinâmico. A Aneel, segundo ele, dá à Cemig, o poder de interpretar as normas e com isso, ela está dificultando o que pode no desenvolvimento da energia fotovoltaica no estado.

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