Para o economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto (foto/reprodução internet), a inflação só converge à meta com uma “taxa de sacrifício”, que significa crescimento menor no curto prazo. Ele alerta que a fragilidade central do país é fiscal, e um ajuste em 2027 será inevitável. Sem isso, a política de gastos torna-se insustentável. O atual aquecimento garante arrecadação, mas não compensa a expansão descontrolada das despesas. Porto defende maior ambição na consolidação fiscal e lembra que o câmbio não pode ser o eterno amortecedor da inflação. Apesar da desaceleração, a economia ainda mostra sintomas de superaquecimento. O Citi reduziu a projeção do IPCA de 2025 para 4,6%, sustentado pela queda das commodities — mas sem ilusão: o ajuste fiscal não pode ser adiado.