Em janeiro, 55,6% das famílias tinham algum tipo de dívida – o menor resultado desde junho de 2010. Em dezembro, esse percentual era de 56,6% e, em janeiro de 2016, de 61,6%, segundo “Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)”, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Já o percentual de famílias que possuem dívidas ou contas em atraso foi de 22,7% ante 23% em dezembro, alcançando o menor patamar desde novembro de 2015. Na comparação anual, o índice teve queda de 1 ponto percentual.
Mas aumentou o número das que não poderão pagar
O percentual de famílias que disseram que não terão como pagar as dívidas e, portanto, permanecerão inadimplentes, aumentou em ambas as bases de comparação. Passou de 9% em janeiro de 2016 para 8,7% em dezembro passado, chegando a 9,3% em janeiro de 2017. Também houve leve aumento na proporção de famílias que se declararam muito endividadas: de dezembro de 2016 para janeiro de 2017, o percentual subiu de 13,8% para 13,9% do total de famílias. Na comparação anual, houve alta de 0,3 ponto percentual. “Entre os fatores que contribuíram para a redução do endividamento estão a sazonalidade do período, após o recebimento do décimo terceiro salário, que permite a quitação de dívidas, além da redução do crédito, associada a um menor consumo das famílias”, diz a economista da CNC Marianne Hanson (foto).