Blog do PCO

Diplomacia que custa caro

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE
Super Banner Topo   728x90
Luis Roberto Barroso

Bancos alertaram ministros do Supremo Tribunal Federal, presidido por Luiz Roberto Barroso (foto/reprodução internet), sobre os riscos da Lei Magnitsky, que pune corruptos e violadores de direitos humanos com bloqueio de bens e exclusão do sistema financeiro global. Não é ameaça distante: instituições ligadas aos EUA podem pagar multas bilionárias se mantiverem relações com sancionados. No Brasil, o governo acena com crédito via Fundo Garantidor de Exportações, mas o gerente bancário lembrará a regra básica: sem garantias sólidas, não há dinheiro. Enquanto China, Europa e Japão negociaram tarifas com Washington, Brasília preferiu o confronto ideológico. O resultado é que os empresários seguem sem clareza sobre custos e alíquotas, e o pacote de bilhões anunciado parece mais um palanque antecipado para 2026 do que política responsável.

Ilusão de segurança

Dirigentes de bancos públicos e privados chegaram ao ponto de sugerir a ministros do STF que transferissem salários e reservas para cooperativas de crédito, como se assim estivessem imunes aos efeitos da Lei Magnitsky. O conselho, quase anedótico, revela mais o clima de apreensão que o real alcance da medida. A lei americana não se limita a burocracias bancárias: bloqueia bens, corta o acesso ao sistema financeiro global e pune instituições que se arrisquem a manter relações com os sancionados. Nesse cenário, a fuga para cooperativas soa mais como ilusão de segurança do que solução concreta.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.