Projeções do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de setembro, indicam que em 2017, a dívida brasileira encerrará o ano em 76,3% do PIB, estimativa pior em 0,1 ponto percentual (p.p.) de PIB em relação ao número anterior (76,2%). O efeito isolado da alteração da Selic foi de -0,1 p.p. e o efeito da piora do primário, de +0,2 p.p. Para 2018, a projeção passou de 80,7% para 79,8%, sob efeito da melhora dos juros e do primário. O levantamento mostra que a trajetória da dívida bruta brasileira será de alta por vários anos, até 2024, para então iniciar período de estabilização e queda gradual. A dívida crescerá até 93,3% do PIB, em 2024, e convergirá para 85,5% do PIB, até 2030. Pelo documento, essa evolução dependerá fortemente de geração de déficits primários decrescentes e, já a partir de 2024, de superávits primários, o que só ocorrerá mediante alterações nos gastos obrigatórios do governo federal. As regras fiscais têm por objetivo produzir desempenho das contas públicas que garanta a sustentabilidade da dívida em relação ao PIB.