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Durou pouco a melhora da confiança da indústria

Paulo César de Oliveira
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1,5 ponto em fevereiro, ao passar de 76,2 para 74,7 pontos, o menor nível desde setembro de 2015, segundo dados divulgados ontem. A queda ocorreu em 10 dos 19 principais segmentos da pesquisa e foi determinada, principalmente pela redução de 2,8 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 72,6 pontos, o menor da série histórica. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,5 ponto, ficando em 77,1 pontos. Segundo o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/Ibre, Aloisio Campelo Jr. (foto), o resultado reforça a suspeita de que a alta da confiança industrial nos últimos meses poderia não se sustentar ao longo do primeiro semestre.

 

Sem expectativas de contratações

“A queda do ICI devolve mais da metade da alta acumulada entre o mínimo histórico, ocorrido em agosto, e o mês passado. Além de sinalizações de que a demanda interna continua enfraquecendo, a pesquisa mostra uma piora expressiva das expectativas em relação aos próximos meses”, disse. O indicador de ímpeto de contratações nos três meses seguintes, que recuou 5,2 pontos entre janeiro e fevereiro indo para 73,6 pontos, sinalizando que o quadro de funcionários na indústria continuará sendo ajustado nos próximos meses. Segundo o levantamento, a maior contribuição para a redução do ISA em fevereiro foi a queda de 2,3 pontos para 74,8 pontos do indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda atual. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 0,5 ponto percentual em fevereiro, atingindo 73,6%, o menor nível da série histórica iniciada em 2001.

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