Regime Fiscal, tributação e liberdade de expressão foram os temas do debate no segundo dia da 11ª Edição do Conexão Empresarial Anual. As conversas começaram com a mediação do diretor do Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte (IFL), Gustavo Vaz, no Canal Viver Brasil. Vários empresários passaram pelo espaço para falar de suas experiências. Passaram pelo estúdio empresários como Cristofer Sales, que reclamou da interferência política nas empresas estatais. Para ele, no atual modelo de gestão pública, “é muito poder nas mãos de muitos poucos”. A empresária Júlia Zingoni também passou pelo CVB e, também criticou o tamanho do Estado brasileiro e sua política fiscal. Ela disse que o poder público é deficitário, faz dívidas para pagar as despesas e isso gera uma bola de neve a ser paga pelo contribuinte. Ela citou um pensamento do famoso economista Milton Friedman, sobre as quatro formas de usar dinheiro: quando gastamos nossos recursos com nós mesmos; quando gastamos nossos recursos com outras pessoas; quando gastamos recursos dos outros conosco e, por fim, quando gastamos o dinheiro dos outros com outras pessoas.
Regime Fiscal
Um dos assuntos em debate foi o regime fiscal brasileiro. O empresário André Braga contou que as empresas gastam 1.500 horas por ano para apurar e pagar seus tributos, por ter uma carga tributária completamente confusa. “O Brasil é um país que se você não tiver muito conhecimento da carga tributária, você compra por mil, vende por mil e trezentos e toma prejuízo”, disse. Para resolver esse imbróglio, será preciso, segundo ele, uma reforma tributária. O empresário Breno Tanure também participou da discussão e de como o cidadão brasileiro é afetado nessa matemática. Segundo ele, o brasileiro gasta três meses de trabalho para pagar impostos e questionou se a população se beneficia mesmo dos serviços públicos proporcionalmente pelo tanto que a carga tributária é alta. Além disso, pondera que “se os tributos aumentam de preço, as pessoas têm menos dinheiro para investir em outros produtos da vida.”
Liberdade de expressão
Outro tema em debate foi a liberdade de expressão, que contou com a participação de Rodrigo Felicíssimo e o professor Altivo Duarte. Para Rodrigo, a humanidade sempre teve problemas com a liberdade de expressão, um assunto, que para ele é algo extremamente amplo, como o método científico, com metodologia que só é possível através do debate, do diálogo., Altivo Duarte, por sua vez, entende que a Liberdade de Expressão tem sempre um ruído. O professor, que tem uma galeria de arte, saiu do campo das ideias e partiu para a prática cotidiana. “Se o aluno não falar algo equivocado, você perde a oportunidade de ensiná-lo. Quando ela tem a liberdade de se expressar, você pode corrigir”, disse. Por isso, Altivo considera que uma ideia ruim tem que percorrer a sociedade, até chegar na pessoa que saiba refutar aquilo com um contra-argumento e a sociedade poder então identificar o que é bom ou ruim. (Foto: Rodrigo Felício, Júlia Zingoni , Gustavo Vaz e Altivo Duarte)