Economistas que viam como positiva a agenda de reformas proposta pela equipe econômica de Paulo Guedes, agora enxergam risco de retrocesso diante da fragilidade do presidente Jair Bolsonaro e da influência das eleições de 2022 nas decisões do governo. Pelo menos dois elementos hoje tornam o ambiente em Brasília desfavorável à aprovação de reformas, segundo o economista sênior da MCM Consultores Mauro Schneider (foto). Primeiro, um governo enfraquecido, como é o caso de Bolsonaro, com índice de aprovação na casa dos 24%, é menos propenso a desagradar determinados setores e, por isso, é mais permeável a pressões. O segundo ponto é a aproximação das eleições, quando os governos, especialmente aqueles que não gozam de amplo apoio, têm a “tentação de considerar como prioritários os projetos que resultem em maiores ganhos eleitorais”. (Foto reprodução internet)