O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha com a perspectiva de que haverá redução da demanda por recursos da instituição neste segundo semestre do ano em razão das eleições. A declaração é do presidente do banco, Dyogo Oliveira (foto), em visita ontem ao Museu de Arte do Rio (Mar), acompanhado do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Para ele “é evidente” que, com a proximidade do período eleitoral, “se espere que haja uma retração por parte das empresas, uma vez que essas decisões de investimentos dependem do cenário político do país, e com a proximidade das eleições nós esperamos que haja uma retração das empresas na apresentação de novas propostas demandando crédito junto ao Banco”. Ele garantiu que, de todo modo, o banco está acelerando fortemente o seu processo interno “para a aprovação de novas linhas de crédito e isto vai desaguar em um volume de aprovações e de contratações que nós esperamos que possa ser positivo no ano”.
Redução de demanda até o final do ano
Dyogo Oliveira informou que, até junho, a instituição registrou um crescimento de cerca de 5% nas consultas e enquadramentos, “que são a porta de entrada para as demandas por crédito junto ao banco, em comparação ao primeiro semestre do ano passado”. A avaliação do presidente do BNDES é que a desaceleração do crescimento é também um importante fator que impacta a demanda por recursos junto ao banco, “até porque em um cenário de menor atividade econômica as empresas acabam também retraindo os seus investimentos”. Para Dyogo Oliveira o cenário “deve perdurar até o final do ano”.