O governo prevê um recuo ainda maior na atividade econômica neste ano. De acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do quarto bimestre, a projeção oficial é de recuo do PIB de 2,44%, e não de 1,49%, como previsto no documento anterior. De acordo com o texto divulgado pelo Ministério do Planejamento, a previsão é compatível com os parâmetros de mercado do início do mês, quando foi elaborada. O relatório prevê ainda que o IPCA deverá encerrar este ano em 9,29%, contra projeção anterior de 9%. Para a taxa de câmbio média, a estimativa passou de R$ 3,07 para R$ 3,25 e, para a Selic média, de 13,12% para 13,30%. Informações Agência Estado.
Para Fundação Getúlio Vargas, já estamos chegando aos 10% de inflação
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), acumula uma taxa de 9,57% no período de 12 meses. Segundo dados divulgados ontem (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a prévia, a inflação oficial acumula taxa de 7,78% no ano. Apenas no mês de setembro, a taxa ficou em 0,39%, índice igual ao de setembro de 2014 e inferior ao 0,43% da prévia de agosto. O recuo da taxa entre agosto e setembro deste ano foi provocada, principalmente, pela queda de preços de 0,06% dos alimentos em setembro. Em agosto, o grupo alimentação e bebidas teve uma inflação de 0,45%. Os alimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baratos na prévia de setembro, devido às quedas de preços de produtos como cebola (-13,77%), tomate (-13,14%) e cenoura (-10,29%). Por outro lado, os alimentos consumidos fora de casa tiveram aumento de preços de 0,51%. A inflação de 0,39% da prévia de setembro foi mais influenciada pelos transportes (com inflação de 0,78%) e habitação (0,68%). Individualmente, os itens que mais contribuíram para a taxa da prévia de setembro foram as passagens aéreas (23,17%) e gás de botijão (5,34%). O IPCA-15 foi calculado com base em preços coletados entre 14 de agosto e 14 de setembro.