A diminuição dos juros é uma forma de o Banco Central estimular a economia, que foi fortemente impactada pelos efeitos da pandemia de covid-19. A atividade econômica ficou reduzida com a grande restrição no fluxo de comércio, serviço e pessoas. Na última projeção do mercado, os economistas esperam que o PIB (Produto Interno Bruto) do país caia 6,51% em 2020 e o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplos), que mede a inflação oficial), seja de 1,57%. Ou seja, houve piora do cenário, com recessão maior e índice de preços mais fraco. Se o resultado do PIB se confirmar, será o maior recuo na atividade econômica desde 1962, série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Banco Mundial tem uma estimativa mais pessimista para a atividade econômica do Brasil: retração de 8% em 2020. O PIB brasileiro recuou 1,5% no 1º trimestre de 2019 em comparação com o último trimestre de 2019. As projeções indicam que os 3 meses seguintes podem ter queda ainda maior, superando o percentual de 10%.
O que diz o COPOM
Quanto mais baixa a taxa Selic, maiores são os estímulos para a economia. Os juros básicos também são usados para controlar a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Para o governo federal cumprir o objetivo inflacionário, o índice precisa terminar o ano entre o intervalo de 2,5% a 5,5%. Mesmo a Selic no menor patamar da história não está sendo suficiente para estimular a economia. O consumo considerado baixo limita a alta de preços. Há uma discussão entre analistas do mercado sobre o possível fim do efeito da flexibilização monetária. Significa dizer que a redução dos juros não tem mais impactos práticos na economia. A redução da Selic também tem efeito sobre a taxa cambial, desvalorizando o real frente ao dólar. Isso porque os juros mais baixos deixam o país menos atrativo para investimentos externos.