O secretário da Fazenda Gustavo Barbosa (foto), disse que a estrutura do Estado é paquidérmica e as mudanças acontecem de maneira muito difícil. Isso é potencializado quando se envolve 330 mil pessoas com recursos limitados. O ano de 2020, segundo ele, só não foi pior porque houve ajuda do governo federal. Gustavo Barbosa falou que Minas Gerais tem um endividamento hoje que chega a R$ 140 bilhões. A situação é grave e os gastos do Estado são elevados. Só de despesa com pessoal, o governo gasta R$ 42 bilhões e para ele, não dá certo em lugar nenhum se gastar 70% do que se arrecada com pessoal. O Estado conseguiu algumas medidas para enxugar esses gastos e a reforma da Previdência aprovada em agosto é uma delas. As despesas com os servidores da ativa passou de R$ 21,6 bilhões para R$ 20,4 bilhões. Mas os gastos com os servidores estão acima do que é permitido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita a 49% as despesas com a folha, que estava em 66,6% da receita, caindo para os atuais 55,33%, ou seja, mesmo com as medidas tomadas até agora, o Estado ainda paga acima do que é permitido. Esse é só um dos problemas do Estado, que necessita, segundo Gustavo Barbosa de uma reforma administrativa e da atração de investimentos.