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Faturamento e humor da indústria mineira em queda

Paulo César de Oliveira
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O faturamento real da indústria mineira caiu 1,6% em setembro, na comparação com o mês anterior. Na comparação do acumulado do ano com o mesmo período de 2014, a queda chegou a 17,4%. Se comparado com o período de janeiro a setembro deste ano, em relação ao ano passado, a queda é de 14,5%. Os números foram apontados pelo Index, da Fiemg, divulgado ontem (30). Para o vice-presidente de Política Econômica da Fiemg, Lincoln Gonçalves (foto), “essas quedas refletem claramente a redução dos investimentos feitos pelas empresas. De janeiro a setembro, o setor de Máquinas e Equipamentos, por exemplo, recuou 48,1%”. Além do faturamento, todas as variáveis como horas trabalhadas, massa salarial real e rendimento médio mensal sofreram quedas na comparação do acumulado do ano. O emprego caiu 6,1%, seguindo a tendência verificada ao longo de todo ano. O setor de Veículos Automotores teve uma retração de 33,3% no faturamento entre janeiro e setembro deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado e redução na massa salarial de 16,8%. A diminuição na capacidade produtiva provocou a demissão de 12,7% dos empregados no setor. Na área de Máquinas e Equipamentos 21% dos funcionários perderam seus empregos e a massa salarial teve um recuo de 21,1%. Para o último trimestre do ano a expectativa de recuperação da atividade é muito baixa, segundo o relatório da Fiemg, tendo como referência o cenário de incertezas, tanto econômica, quanto política, e os baixos níveis de confiança dos empresários e consumidores.

 

Desconfiança do empresário marca novo pico histórico

A falta de uma política econômica eficiente para tirar o país da recessão reflete no ânimo dos empresários. O índice de confiança atingiu 31,4 pontos. O número é 21,6 pontos abaixo da média histórica de 53,0 pontos. Em relação ao mês de outubro de 2014, o recuo foi de 10,9 pontos. O pessimismo dos empresários foi detectado em todos os setores pesquisados. As empresas de médio porte são as mais pessimistas, com 29,9 pontos. O Índice de Confiança em Minas Gerais foi pior do que o nacional em 3,6 pontos. O humor não muda em relação aos próximos seis meses.

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