Em coletiva, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (foto/reprodução internet), garantiu que a instituição segue orientada por dados para definir o tempo em que manterá a Selic em patamar elevado, atualmente em 15%. Ao comentar o Relatório de Política Monetária, ele destacou que a autoridade monetária precisa agir com prudência, evitando se tornar ela própria um fator de instabilidade. “Assim como o médico, o BC não pode ser a causa do dano”, disse. O recado dialoga com a sinalização recente do Copom de que os juros permanecerão altos por um período “bastante prolongado”, mas sem fixar prazos, mas contrasta com a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para quem os juros têm espaço para queda. A fala de Galípolo reflete o dilema entre a pressão por cortes para estimular a economia e a necessidade de preservar a credibilidade da política monetária, evidenciando um BC que busca flexibilidade, mas também tenta se blindar de acusações de dogmatismo.