A Fitch Ratings elevou o Rating Nacional de Longo Prazo da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e de sua sétima emissão de debêntures quirografárias, no montante de BRL100 milhões, para ‘AA(bra)’, de ‘A+(bra)’ (A mais (bra)). A empresa, que está sob o comando de Pedro Magalhaes, teve a sua perspectiva do rating corporativo revisada para Estável, dePositiva. A ação de rating reflete a elevação do Rating Nacional de Longo Prazo da controladora da Gasmig, a Cemig, para ‘A+(bra)’ (A mais (bra)), de ‘A-(bra)’ (A menos (bra)), com Perspectiva Estável. O rating da Cemig limitava a classificação da Gasmig, que, em bases isoladas, também é compatível com o rating ‘AA(bra)’. Os moderados vínculos legais, operacionais e estratégicos entre Gasmig e Cemig permitem à subsidiária ser mais bem avaliada do que sua controladora, segundo a Metodologia de Vínculos Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias. As atividades da empresa apresentam perspectiva de crescimento de volume faturado no médio prazo, suportada pela expectativa de crescimento de sua rede de distribuição e da economia brasileira, o que deve contribuir para sua geração operacional de caixa.
Alavancagem financeira
A Gasmig deve preservar seu conservador perfil financeiro, apoiado em uma alavancagem financeira reduzida de forma sustentável e em fluxo de caixa das operações (CFFO) capaz de atenuar as pressões decorrentes da estimativa de maiores investimentos e distribuição de dividendos, o que sustenta a Perspectiva Estável. A agência também considera que a companhia irá gerenciar adequadamente o refinanciamento de sua elevada dívida de curto prazo. A análise da Fitch considera, dentre os fatores de risco, a concentração das vendas da Gasmig para o segmento industrial, de maior volatilidade de demanda, e a dependência de apenas um fornecedor de gás, a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). As cláusulas de take-or-pay (TOP) e ship-or-pay (SOP) do contrato com a Petrobras podem acarretar perdas para a Gasmig em cenários de consumo desfavoráveis. A análise incorpora, ainda, o risco político inerente à condição de empresa pública, controlada indiretamente pelo Estado de Minas Gerais, o que implica em possibilidade de ingerência política nas tomadas de decisão.