O diretor-presidente da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Marcus Pestana(foto/reprodução internet), criticou a gestão fiscal do governo Lula e afirmou que a administração “abandonou” a busca pelo equilíbrio fiscal de 2024, almejando zerar o déficit primário. Entre janeiro e agosto, o rombo nas contas públicas alcançou quase R$ 100 bilhões. Pestana destacou a necessidade de um controle mais eficaz dos gastos obrigatórios e apresentou cinco alertas sobre a situação fiscal e previu dificuldades para a equipe econômica cumprir a meta deste ano, que permite um déficit de até 0,25% do PIB. Para ele, não alcançar essa meta no primeiro ano da nova lei que substitui o teto de gastos teria consequências graves para o ministro Fernando Haddad.
Embora reconheça que o governo possui ferramentas para tentar ajustar as contas, ele observa que os números atuais indicam a dificuldade de cumprir a meta, mesmo dentro da margem de tolerância. Além disso, a IFI estima que a dívida bruta pode atingir 100% do PIB em 2034 devido ao crescimento das despesas, que estão superando a receita, resultando em um encolhimento do legado de investimentos essenciais, como infraestrutura e ciência.
