O governo revisou ontem (22) a sua previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2015 para uma retração de 1,49%. Já a estimativa para o índice de inflação oficial (IPCA) passou de 8,26% para 9,0%. “A previsão para 2015 do crescimento real do PIB foi reduzida de ‐1,20% para -1,49% sendo que tal queda impacta o mercado de trabalho e consequentemente a taxa de crescimento da massa salarial nominal, que acabou sendo revista de 4,83% para 1,74%. O índice de inflação (IPCA) passou de 8,26% para 9,0%” informa o “Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias”, referente ao 3º bimestre de 2015, divulgado pelo Ministério do Planejamento. “Nesse cenário semelhante ao de mercado, a estimativa de inflação sugere certa persistência em 2015, refletindo o realinhamento dos preços administrados e a desvalorização cambial”, destacou. A nova estimativa de encolhimento da economia em 2015 é mais pessimista que a divulgada pelo Banco Central em junho, que avaliou que a economia brasileira deve “encolher” 1,1% neste ano – a maior contração em 25 anos. A atual expectativa dos economistas semanalmente ouvidos pelo Banco Central na pesquisa Focus é de que o PIB encolha 1,70% neste ano. Já para a inflação, a estimativa é de 9,15% em 2015.
O 2016 também será de economia pequena
Para 2016, a previsão do governo é de um crescimento de 0,5% da economia brasileira ante estimativa anterior de alta de 1,3%. Para os anos de 2017 e 2018, a estimativa é de uma alta de 1,8% e 2,1% do PIB, respectivamente. No mesmo relatório, o governo anunciou a revisão da meta de economia para pagar os juros da dívida – o chamado superávit primário – para R$ 8,747 bilhões em 2015, o equivalente a 0,15% do PIB, ante previsão anterior de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB).Os ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, anunciaram ainda um corte adicional de R$ 8,6 bilhões no Orçamento de 2015, totalizando um contingenciamento acumulado de R$ 79,4 bilhões nos gastos entre todos os poderes no ano. A justificativa para os cortes foi a queda da arrecadação e o crescimento das despesas, ao contrário do previsto.