O mercado financeiro está no escuro com o “apagão de dados” do Banco Central, que deixou de publicar indicadores e projeções econômicas por causa da greve dos servidores. O presidente do BC, Roberto Campos Neto (foto), ainda não tem uma solução para a paralisação iniciada no dia 1º de abril e tem prazo indeterminado. Os funcionários reivindicam um reajuste salarial de 26,6%. Sem avanços no assunto, a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser realizada no começo de maio, também pode ter sua preparação afetada pelo movimento dos funcionários do órgão. O Sindicato dos Funcionários do BC (Sinal) argumenta que a lista de serviços essenciais ainda está em negociação e que a categoria não aceita que as atividades preparatórias para o Copom estejam entre elas. Numa das maiores greves da categoria, no governo Lula, em 2007, ocorreram atrasos no Boletim Focus, mas a realização do Copom foi preservada. (Foto reprodução internet)