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Haddad realista

Paulo César de Oliveira
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Investidores que participaram de uma conversa fechada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto/reprodução internet), em Nova York, se surpreenderam positivamente com o realismo apresentado pelo chefe da equipe econômica. Haddad afirmou aos presentes que a primeira metade de 2023 foi complexa, diante da necessidade de aprovar diversas medidas, como o arcabouço fiscal e a retomada do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), além de reonerar os combustíveis. A segunda metade do ano, disse o ministro da Fazenda aos presentes, continua desafiadora porque o governo depende do Congresso para aprovar diversas propostas, como a reforma tributária, a tributação de fundos, o orçamento de 2024 e outras medidas para reforçar a arrecadação federal. 

Meta fiscal de 2024

Haddad também disse que a meta fiscal de 2024, de zerar o déficit público, é bastante desafiadora, mas não deve ser alterada já que foi aprovada há tão pouco tempo. Ele ainda sinalizou que o trabalho dos ministros da Esplanada e dos parlamentares é gastar os recursos do orçamento para o bem-estar da população e o dele é dizer não para o aumento de despesas”. Haddad disse que a política de subsídios em massa é incorreta, porque eles drenam 6% do PIB e não geram impactos positivos para a economia. A grande verdade é que a apresentação do ministro parecia a de um economista de Chicago, diante da qualidade do diagnóstico. 

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