Um dos temas de política econômica que deve esquentar assim que houver um novo governo eleito é a política fiscal. Os dilemas já estão bem mapeados, mas não as escolhas que serão feitas – e nem é de esperar que os dois candidatos, numa disputa de segundo turno marcada por questões morais e religiosas, entrem de forma séria no terreno pantanoso das contas públicas. Há alguns fatos básicos, com que quase todos os especialistas concordam, que compõem o pano de fundo no qual a escolha da política fiscal a partir de 2023 será realizada. O primeiro deles é que há uma piora fiscal significativa contratada para 2023. Reformulação do teto de gastos e definição do tamanho da “licença para gastar” em 2023 são decisões que deverão ser tomadas pelo novo presidente, seja Lula ou Bolsonaro (foto). (Foto reprodução internet)