O setor de construção de baixa renda pode enfrentar uma nova onda de inflação, segundo análise do Itaú BBA, assinado por Daniel Gasparete(foto/reprodução internet). Após um período de inflação controlada, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) começou a subir, atingindo 5,22% em 12 meses até setembro, em contraste com os 3,34% de 2023. Esse aumento reflete, principalmente, a pressão sobre salários, que devem continuar crescendo a uma taxa de 7%, e o impacto da alta demanda nos preços de materiais como vergalhões, concreto e blocos de concreto. Os analistas do Itaú BBA destacam que as empresas mais expostas a essa tendência são as voltadas ao programa Minha Casa Minha Vida, especialmente aquelas com obras em ritmo acelerado e vendas rápidas, que têm menos flexibilidade para reajustar preços. Empresas como Tenda e Cury, que dependem de margens robustas para manter o fluxo de caixa, podem ser particularmente vulneráveis nesse cenário. Ainda assim, o banco permanece otimista quanto ao setor, principalmente em relação à construtora Direcional, cuja taxa interna de retorno estimada é de 25% para 2025.