Diminuir a competitividade começa por um ineditismo: nenhum país no mundo adota o imposto seletivo sobre o minério de ferro. “Se isso for instituído, irá encarecer a venda de matéria-prima para a siderurgia nacional, tirando a competitividade do setor,” disse o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann (foto/reprodução internet). O absurdo dessa cobrança é tão grande que a norma, se estabelecida, diz que a proposta que o tributo deve ser cobrado mesmo que o minério seja destinado à exportação. Segundo Jungmann, nenhum dos tributos que estão sendo substituídos na proposta de reforma tributária onera as exportações. Para ele, tributar as exportações é um retrocesso, na contramão da Constituição, da política de comércio internacional – e até mesmo contra os pilares da própria reforma tributária. Ou será que o pecado da mineração é o fato de ser pauta importante da economia mineira?