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Indicativos são de forte recessão em 2016. Recuperação começa já, mas muito lentamente

Paulo César de Oliveira
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A economia brasileira registrou tombo recorde em 2016, marcando o segundo ano consecutivo de profunda recessão, indicou o Banco Central nessa quinta-feira, com especialistas admitindo que a recuperação virá neste início de 2017, mas ainda tímida. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 4,55%, em dado dessazonalizado. Em 2015, ainda pelo indicador, a atividade havia recuado 4,07 por cento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado oficial do PIB de 2016 no dia 7 de março. Somente no quarto trimestre, o IBC-Br mostrou queda de 0,36% sobre os três meses anteriores, sempre em dados dessazonalizados. Em dezembro, o índice caiu 0,26% ante novembro, desempenho mais fraco que a contração de 0,20% estimada em pesquisas. “O resultado só sintetiza tudo que os outros indicadores vinham mostrando”, avaliou o economista da Tendências, Rafael Bacciotti (foto), que prevê queda do PIB em 2016 da mesma magnitude da observada em 2015, de 3,77% pelo IBGE. Para este ano, a estimativa é de alta de 0,7 por cento na atividade, embalada por impulsos do lado da produção, além de um cenário de inflação mais baixa e juros mais favoráveis. A recuperação, segundo Bacciotti, ocorrerá já no primeiro trimestre, mas ainda modesta, com alta de 0,1 por cento sobre o trimestre anterior.

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