O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve queda de 1,6 ponto no trimestre encerrado em outubro. Setembro registrou alta de 2,1 pontos, ao atingir 86,6 pontos. Quinze dos 19 segmentos pesquisados apresentaram retração. A pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) em 1.121 empresas, entre os últimos dias 3 e 27. Para 12,7% das empresas consultadas, os estoques estão excessivos. O índice é o mais baixo desde janeiro do ano passado, quando a taxa oscilou em 11,5%. A parcela de empresas que apontaram a existência de estoques insuficientes diminuiu de 7,1% para 4,8% do total. O superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo Junior (foto), afirmou que a retomada do crescimento econômico deve ocorrer, mas em ritmo mais lento. “O tombo da produção física em agosto, registrado pelo IBGE, não representou uma reversão da tendência de recuperação da economia, mas mostrou que o ritmo de retomada será bem mais lento do que o setor industrial previa no início deste semestre”.
Desconfiança agora e no futuro próximo
A sondagem mostrou recrudescimento tanto em relação ao momento atual quanto ao desempenho para os próximos seis meses. No Índice da Situação Atual (ISA), houve queda de 1,8 ponto, para 84,9 pontos, o menor desde junho e no Índice de Expectativas (IE), recuo de 1,4 ponto, para 88,4 pontos. A proporção de empresas que planejam abrir novas vagas no mercado de trabalho, nos próximos meses, diminuiu de 12,5% para 10,9%. Ao mesmo tempo, aumentou a parcela das que acreditam que haverá necessidade de cortes – de 22,1% para 23,2%. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 1,0 ponto percentual, atingindo 73,7%.