Inflação preocupante

Vivemos uma situação de aumento de preços e uma inflação preocupante, que está comprometendo a renda da população, segundo o economista e administrador do site Mercado Mineiro e do aplicativo comoferta, Feliciano Abreu (foto). Ele disse no Conexão Empresarial “Economia, e agora?”, que faz 45 pesquisas e tem pelo menos dois mil produtos monitorados, com a ajuda do consumidor brasileiro, que se tornou um colaborador. Mas as pesquisas estão sendo realizadas com uma frequência maior, devido a variação dos preços, que não estão se sustentando por mais de uma semana. Ele lembra o preço da gasolina, que estava no início do ano a R$ 4,47, agora está custando mais de R$ 7. Para os motoristas de taxi e de aplicativos, arcar com um aumento dos combustíveis em média 54%, praticamente inviabiliza o trabalho deles. Mas além do combustível, o gás de cozinha de 13 quilos era R$ 76 passou para R$ 84 e agora está a R$ 111. Esses aumentos da carne, combustível, gás de cozinha são muito preocupantes, segundo Feliciano. Além disso, o consumidor acaba sofrendo também com a pressão do dólar, que reflete sobre os produtos. Ele lembra que houve um momento, em que a China suspendeu a compra de carnes do Brasil e o preço caiu um pouco, mas quando a China voltar a comprar, muitos brasileiros não terão condições de  consumir carne. Somado ao aumento da energia elétrica, das verduras, legumes, óleo, dos produtos da cesta básica, o consumidor vê sua receita diminuir. Segundo Feliciano, houve uma redução drástica do consumo de produtos essenciais. Muitos estão comprando a marmita para o almoço e guardando um pouco para o jantar. “Tem consumidor literalmente roendo o osso”. Nunca houve uma pressão tão forte como agora, nos últimos 20 anos. O economista pondera que a inflação é mundial, não é uma situação que impacta só o Brasil. Mas há um temor no país em relação ao que pode acontecer em 2022, por ser um ano eleitoral. Este a um cenário sujeito a muitas incertezas e de preocupação, principalmente com a alimentação da população de baixa renda.  (Foto reprodução internet)