A inflação desacelerou para 0,56% em março, segundo o IBGE, mas o alívio foi limitado: alimentos seguem pressionando os preços e preocupam o governo federal. O grupo Alimentação e Bebidas respondeu por quase metade do IPCA no mês, com destaque para o tomate (22,55%), o ovo de galinha (13,13%) e o café moído (8,14%). A disparada dos preços levou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto/reprodução internet), a se manifestar sobre o impacto direto no orçamento das famílias. O café, afetado por problemas climáticos no Vietnã e no Brasil, já acumula alta de quase 78% em 12 meses. O surto de gripe aviária nos Estados Unidos também pressionou a demanda por ovos brasileiros, influenciando os preços internos. Enquanto a energia elétrica e os serviços apresentaram avanços mais modestos, o índice acumulado em 12 meses subiu para 5,48%, acima dos 5,06% anteriores e ainda distante do centro da meta perseguida pelo governo.