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Irresponsabilidade fiscal

Paulo César de Oliveira
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Fernando Haddad

O Banco Central indicou que pode acelerar a alta da Selic nos próximos encontros, dependendo da evolução da política fiscal interna e do cenário de flexibilização monetária global. Ao mesmo tempo, a possibilidade de um upgrade na nota de crédito do Brasil em 2025 vem ganhando força com os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad(foto/reprodução internet), que pode se reunir com representantes da Fitch. Após conversas com a S&P Global e Moody’s, Haddad sugeriu que o país pode recuperar o grau de investimento até o fim de 2024, uma previsão que, diante do cenário atual, parece excessivamente otimista.

Apesar das declarações de Haddad trazerem certo alívio aos investidores, preocupados após o relatório de receitas e despesas, essas falas não resolvem os desafios estruturais. O Brasil precisa subir dois níveis nas classificações das principais agências de risco, que demandam reformas fiscais mais robustas. O último relatório fiscal, no entanto, mostrou uma maior flexibilização, com cortes de R$ 15 bilhões sendo reduzidos para R$ 13,3 bilhões, contradizendo as expectativas de austeridade. A situação fiscal é mais grave do que aparenta, com R$ 40,5 bilhões em despesas fora do teto, levando o governo a enfrentar um déficit de R$ 69 bilhões em 2024. Esse cenário já reflete no Boletim Focus, que aponta para inflação e juros mais altos, complicando ainda mais o cenário econômico no curto prazo.

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