O combo da nova regra de despesa e a prometida trajetória de resultados primários divulgados deixou bem claro para todos os analistas que a receita vai ter que subir. Quanto, quando e como ainda são questões a responder. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), falou em ir atrás de R$ 100 a R$ 150 bilhões de “jabutis tributários”, isto é, pessoas ou empresas que pagam menos impostos do que deveriam. Já cálculos dos economistas Marcos Lisboa e Marcos Mendes, em artigo publicado no site Brazil Journal, chegam a uma potencial necessidade de receita adicional mais de três vezes superior aos R$ 150 bilhões de Haddad, ao longo dos próximos anos. Como diria o ex-ministro Ciro Nogueira, o arcabouço fiscal está virando um arcabouço fatal. O governo começa a dar sinais de que está com fome de mais impostos.
A dúvida que paira no ar
A agenda desta semana no Brasil tem como destaque a participação do Secretário Extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, no evento “Brazil Investment Forum”, do Bradesco BBI. Ele poderá dar mais detalhes sobre a reforma e sobre a própria abordagem predominantemente arrecadatória do novo arcabouço fiscal. Fernando Haddad, que também deverá participar do evento, jura que não haverá aumento de imposto ou criação de novos impostos. (foto/reprodução internet)