Na mesma linha adotada pelo presidente Lula e repetindo o pai, o ex-vice-presidente José Alencar, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva (foto), definiu como “pornográficas” as taxas de juros vigentes no Brasil, cuja base, a Selic, está fixada em 13,75% ao ano pelo Banco Central (BC). A afirmação foi feita ontem, durante o seminário “Estratégias de desenvolvimento sustentável para o século XXI”, promovido pelo BNDES, no Rio. Para o empresário “se não baixarmos (os juros), de nada adiantará fazermos políticas industriais”.
Banco Central segue pressionado
O coro contra a taxa de juros no Brasil ganhou reforço de peso às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana: “Os números são do tipo que vai matar qualquer economia”, disse o e americano Joseph Stiglitz, ganhador do Nobel de Economia, em evento do BNDES: “O Brasil sobreviveu ao que seria uma pena de morte”. No BNDES, empresários, economistas e integrantes do governo defenderam a redução dos juros. O vice-presidente Geraldo Alckmin, discretamente, mandou o seu recado ao Banco Central: “Acreditamos no bom senso”. (Foto/reprodução internet)