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Maioria das famílias no vermelho

Paulo César de Oliveira
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Em tempos de crise econômica, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou que 62,4% das famílias brasileiras encontram-se endividadas. Dessas, 21,1% possuem dívidas ou contas atrasadas, e 12,5% afirmaram que estão extremamente endividadas. O número assusta, ainda mais a quem está nesse meio. De acordo com o consultor financeiro Ewerson Moraes (foto), colocar as contas “no papel”, ou seja, organizar-se por meio de um planejamento é a solução para essa situação ou para evitá-la. Segundo o consultor, primeiramente, a pessoa endividada precisa entender o tamanho e o perfil da dívida, bem como conversar com as pessoas que fazem parte dela. No caso da família, por exemplo, expor a situação aos filhos e cônjuge, pois eles devem compreender que, no momento, estão atravessando uma dificuldade financeira. “O segundo ponto é priorizar o pagamento das dívidas, renegociando prazos melhores e parcelas, e, caso haja a possibilidade, pagá-las de uma vez. Deve-se procurar parceiros e credores para essas dívidas e fazer o possível para resolvê-las”, disse o especialista.

 

Dívida é problema do credor e do devedor

O consultor reforça a questão do momento econômico turbulento que o país passa. Porém, para ele, os credores devem ter paciência e flexibilidade nessa conjuntura. “Se o credor pressionar muito o endividado, pode não receber. O devedor deve tentar negociação. O credor, para não ficar no prejuízo, também pode tomar a iniciativa por meio de uma renegociação, para que o devedor consiga pagar a dívida”, sugeriu Ewerson. Para quem pretende assumir uma dívida, é fundamental ter cautela e, principalmente, estudar a questão. “Aqueles que querem comprar um carro ou um apartamento devem avaliar se as parcelas se ajustam às suas condições, se conseguirão pagar e se isso não acarretará maiores dificuldades financeiras. Em caso positivo, a compra pode ser feita. Porém, caso essa dívida não caiba no orçamento familiar e comprometa a renda, é preciso ter moderação e esperar um pouco, até mesmo para saber as definições da política econômica”, opinou Ewerson.

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