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Médias e pequenas empresas da construção querem espaço no programa de concessões

Paulo César de Oliveira
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As pequenas e médias empresas do setor da construção querem mudanças na modelagem das Parcerias Público Privada que o Governo Federal pretende estimular, para que também elas tenham condições de participar do programa. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas, Geraldo Jardim Linhares, as mudanças na modelagem poderiam abrir um mercado importante para as empresas menores, que hoje atuam nas parcerias como subcontratadas. “Por exemplo, a PPP de uma rodovia poderia ser parcelada por quilômetros, permitindo assim que as empresas menores participassem do processo. Ou, como em Belo Horizonte, a construção de novas escolas poderia ter sido colocada em lotes. Certamente as empresas menores poderiam ter participado diretamente do processo, não como contratadas da vencedora para construir as unidades”. Jardim disse que este assunto está sendo discutido na Câmara Brasileira da Indústria da Construção, em Brasília, e com o governo federal. Segundo Geraldo Jardim, oito mil pequenas e medias empresas de construção estão filiadas ao sindicato. No ano passado eram onze mil.

 

Se o projeto é bom não falta dinheiro

O “pacotão” de privatizações anunciado pelo governo federal deverá impactar positivamente o setor da construção na avaliação do presidente da Câmara da Construção Civil da FIEMG, Luiz Fernando Pires (foto). Para ele, haverá abertura de oportunidades para investimentos o que movimentará a economia e o setor da construção. Pires não acredita que haverá dificuldades de crédito para o setor da construção participar diretamente do processo de concessões. ”No mundo não falta dinheiro para bons negócios”. O presidente da Câmara da Construção da FIEMG acredita que outro fator de estímulo ao setor foi a reforma trabalhista, especialmente quanto a valorização dos acordos entre empregados e patrões. “A reforma trabalhista vai facilitar muito os estudos para a definição dos custos de uma obra. Ao valorizar os acordos trabalhistas dá a segurança de que os custos não serão afetados por mudanças de entendimento na lei”. A consequência disso será, acredita Luiz Fernando Pires, a geração de mais empregos.

 

Minascon vai ao interior

Luiz Fernando Pires e Geraldo Jardim falaram ontem, na              FIEMG, sobre a 14ª edição do Minascon, considerado o maior evento unificado da cadeia produtiva da construção no estado. Este ano o Minascon, que acontece de 11 a 13 de setembro, será em Uberlândia, inaugurando uma nova fase do evento que passa a acontecer também no interior de Minas, de forma alternada: um ano em Belo Horizonte, outro em uma das regionais da Câmara da Construção. Organizado numa parceria entre o Sistema FIEMG, Sebrae Minas, Secepot-MG, Sinduscon-MG e Sinduscon TAP, o evento, no Center Convention, em Uberlândia, terá uma vasta programação e tem como novidade a integração com universidades da região. Para estimular a participação dos universitários vai ser realizado um concurso em que os estudantes deverão montar o projeto de uma ponte, usando palitos de picolé e cola branca. O projeto será submetido a cargas de peso para que os jurados possam avaliar o desempenho da estrutura. Ao longo da programação serão abordadas 50 temáticas de interesse do setor. “O Minascon é o único evento estadual que alia de forma concreta indústria, academia e comércio na busca de soluções para o setor da construção”, destaca Luiz Fernando Pires.

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