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O constrangimento financeiro do Estado

Paulo César de Oliveira
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O presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco (foto), entende que existe uma confusão em relação ao processo que entrou contra um ex-funcionário da empresa, que está sendo processado por crime cibernético. Ele teria repassado documentos da empresa para uma jornalista e acabou prejudicando uma operação de crédito pela empresa, que permitiria a contratação de R$ 2 bilhões de bancos internacionais. Marco Antônio disse que a Polícia Civil está apenas apurando como esse funcionário repassou a informação para a jornalista. Se ele vendeu o documento isto pode ser caracterizado como crime, segundo ele. Independente da polêmica criada, o fato é que o Tribunal de Contas do Estado suspendeu a operação e segundo Marco Antônio, não existe milagre, nem outra alternativa para sair “desse constrangimento financeiro”.

 

Lucidez necessária

Para Marco Antônio Castello Branco é preciso ficar claro que o governo não trabalha com outra alternativa e disse que é importante ter lucidez para sair dessa situação. A não ser, segundo ele, que o estado passe a ter repasses extraordinários da União, como a transferência de 20% da Desvinculação da Receita da União (DRU), ou ainda a compensação da Lei Kandir, que já deveria ter sido paga e até hoje o governo não repassou o que deve ao Estado. Outra alternativa seria o governo abrir mão de seu patrimônio. “O que se propõe é usar ativos que o estado possui, as ações da Codemig, que era a ideia inicial, vender essas ações para pagar a dívida pública do estado. Só a dívida pública neste ano deve consumir R$ 7 bilhões de reais, sendo que desse total, R$ 3,5 milhões, se não me engano é amortização de dívida, contraídas em governos anteriores. O governo Pimentel não contraiu dívidas”, pondera. Essa dívida contraída em 2012 consumiu R$ 1,1 milhão.

 

Falta lucidez

A situação do Estado foi agravada com a ação da oposição, que para Marco Antônio Castello Branco, perdeu a lucidez, influenciada pela questão eleitoral. Para ele, essa ação é irresponsável, “porque está bloqueando a capacidade do Governo de fazer frente às dificuldades financeiras, com o argumento de que nós estamos querendo fazer uma operação de endividamento da Codemig. É o contrário, nós pagamos a dívida anterior e estamos tentando equacionar, usar o patrimônio da Codemig para ajudar o estado, sem comprometer o futuro da empresa”. Este tem sido um ano extremamente difícil para o governo, que neste mês perdeu, segundo Marco Antônio R$ 300 milhões devido a greve dos caminhoneiros.

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