O corte que não empolgou ninguém

O Federal Reserve, conduzido por Jerome Powell (foto/reprodução internet), reduziu os juros em 0,25 ponto, levando-os à faixa de 3,75% a 4%. O gesto, no entanto, veio com um aviso: Jerome Powell esfriou as apostas de novo corte em dezembro, chamando a decisão de “gestão de risco” para aproximar a política de um ponto neutro. Traduzindo: o Fed teme errar a mão e reacender a inflação. O mercado reagiu com frieza, com as bolsas sem fôlego e dólar em alta. No Brasil, o Ibovespa resistiu e cravou recorde acima de 148 mil pontos, embalado pelo maior diferencial de juros com os EUA. O corte americano, que lá soa tímido, aqui soa como convite ao capital estrangeiro. Mas é alívio passageiro: Powell segue no freio, não no acelerador.